Concepção de Trauma

De uma forma breve, podemos dizer que a AEDP considera dois tipos de traumas, ambos entendidos como: uma carga emocional que não pode ser processada.

O primeiro, aquele com “T” maiúsculo, oriundo das ameaças à sobrevivência. Como, por exemplo, as respostas a eventos catastróficos, a abuso na infância, a sequestros, acidentes, doenças, circunstâncias que, geralmente, levam à Sindrome de Estresse Pós-Traumático.

O segundo, o trauma com “t” minúsculo, são ocorrências cotidianas da vida e das relações com os pais ou figuras significativas como professores, colegas ou chefes. São situações nada extraordinárias, que todos experienciam, mas que causam um grande e profundo impacto, provocando um importante padrão de desregulação emocional frente ao estresse, pois  atinge o sistema nervoso, o corpo e o psiquismo.

Este segundo tipo de trauma está relacionado a situações de experiências relacionais do Apego. Seriam as falhas constantes e sucessivas nas interações e regulações afetivas efetuadas momento-a-momento (Fosha, 2000) entre a criança e seu cuidador.